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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Porque Gerenciar?

O tempo todo durante o colégio eu reclamava nas aulas de Administração porque era algo teórico, difícil de entender e inútil para a minha visão "biológica' da vida. Quinze anos se passaram, e hoje, formada há 10 anos enfermeira percebo a importância fundamental das Teorias de Taylor e Fayol, e sua aplicação à minha vida em amplo aspecto.

Não é só como enfermeira que administro. Administro meu tempo quando calculo a hora que vou acordar, o percurso que farei até o trabalho, o salário que receberei no fim do mês e as despezas que tenho que manter. Administro na cozinha planejando o que vamos comer, a que horas e o que será necessário comprar ( e em que quantidades) para preparar a refeição desejada sem desperdício.

Administro meu fim de semana quando penso no que vou fazer, a que horas e onde!

Hoje penso que sem administração o mundo não seria nada! E sabem como tive real consciência disso? Morando na África por 9 meses.

Tudo bem que os angolanos passaram por uma guerra civil de 30 anos e sofrem até hoje as consequências disso, não estou fazendo uma crítica destrutiva à vida que eles levam e nem aos seus costumes (aliás, é um povo com quem aprendi muito e por quem tenho grande carinho e consideração). Mas ali, em Angola, vivendo o dia a dia do CAOS tive a maior experiência sobre a importância da administração que um ser humano pode ter.

Não existe transporte público. Você precisa dar um jeito de chegar onde quer de carro ( se driblar o trânsito caótico) ou nas Vans chamadas "candongueiros" que muitas vezes levam vc de nenhum lugar a lugar nenhum.

Não há noção de prioridade ou qualquer tipo de organização. Em termos de trabalho, éramos nós, brasileiros que determinávamos o que fazer, como fazer e quando fazer.

Foi uma riquíssima experiência que me fez ver a real importância de Administrar. Já pensei até em me aprofundar nessa ciência tão fascinante que coloca as coisas realmente para funcionar. Quem sabe mais para frente.

Voltarei a falar de Angola em outras ocasiões.

domingo, 22 de novembro de 2009

Sobre a vida

"Sempre vai ter uma outra montanha
Eu vou sempre querer movê-la
Sempre vai ser uma batalha difícil
Às vezes eu vou ter que perder
Não é sobre o quão rápido eu vou chegar lá
Não é sobre o que espera do outro lado
É a escalada.

Mantenha-se em movimento
Mantenha a fé."

... enquanto isso aproveite a paisagem... isso é a vida...


"Não estou vivendo perigosamente.
troquei o perigosamente
por intensamente,
inconsequentemente,
apaixonadamente.
não há perigo.
Perigoso é a gente se aprisionar
no que nos ensinaram como certo
e nunca mais se libertar,
correndo o risco de não saber mais viver
sem um manual de instruções".


(Martha Medeiros)

Vampiros Modernos

Muito temos falado ao longo dos tempos a respeito de vampiros. Pois se pensarmos bem, essas criaturas tidas como "sobrenaturais" andam por aí, à solta, em plena luz do dia! Vamos fazer uma analogia entre vampiros modernos cinematográficos e vampiros reais.
Na Saga de filmes "Crepúsculo" há um personagem fascinante, apaixonante e intrigante chamado Edward Cullen. Parece o homem perfeito. Tem aparência de 17 anos embora tenha 108, brilha como diamante se exposto à luz do sol, é sedutor, sexy, inteligente, alto, rico e não se alimenta de sangue humano! Seria o vampiro perfeito.

Vemos ao longo do filme uma mocinha humana perdidamente apaixonada e disposta a tudo por essa paixão. Ela se chama Bella e tem apenas 17 anos. No primeiro filme o que vemos é a paixão entre os dois e uma luta para que Edward aceite seus sentimentos. Porém, o preço é alto para Bella. Ela tem sua vida humana colocada em risco em diversas ocasiões, é perseguida por outros vampiros, além de quase morrer de um ferimento decorrente da luta entre seus vampiros protetores do "bem" e os vampiros do "mal". Uma história de amor nada saudável para uma adolescente de 17 anos.

No segundo filme da saga, "Lua Nova", vemos uma Bella ainda mais perturbada e cheia de complexos. Ela tem pesadelos, tem medo de envelhecer porque agora terá 18 anos e não mais 17, e seu amado vampiro vai continuar com aparência de 17 embora tenha 109.
Bella novamente se envolve em situações de risco, seu sangue é motivo de atração para um vampiro irmão da família de Edward, novamente ela tem sua integridade física prejudicada por consequência desse amor, e após ser abandonada por Edward ela passa a adotar uma série de comportamentos suicidas, até finalmente atirar-se de um penhasco para encontrar a imagem de seu amado nas águas do mar. Quase Bella consegue atingir seu objetivo, não fosse o amigo Jacob que a salva dessa situação.

Ora, depois de tudo isso ( inclusive do suicídio velado) posso fazer uma analogia ao que ocorre com a humanidade mortal e com os vampiros que andam entre nós.

Quem disse que uma paixão tem que ser tóxica? Quem disse que o amor tem que ser um sentimento destrutivo que machuca, que deprime e que faz sofrer? E quem disse que temos que ficar perto de pessoas ( homens ou mulheres) que nos façam adotar comportamentos destrutivos como o fato de se humilhar para conseguir estar perto da pessoa, ou ser humilhado por essa pessoa e continuar a seu lado?

É desses vampiros que falo. Os vampiros energéticos. Na verdade eles não querem nosso sangue, mas como o vampiro Edward do filme causam prejuízos à pessoa que está ao lado deles. E prejuízos que muitas vezes são nefastos, que marcam, ferem ou até matam.
Quantas vezes não ouvimos a frase: "Se ela não for minha não será de mais ninguém"?
Quantos ex maridos se suicidam ( hoje, matando até os filhos) como punição por ciúmes da ex esposa? e quantas adolescentes suicidam-se ou se ferem moralmente de diversas formas por conta de uma paixão cega e insana?

Traduzindo tudo isso para a nossa realidade, entendemos porque a ficção criou os vampiros. Eles são mais presentes e reais do que podemos imaginar, não é verdade?